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Nesta obra, analisamos a problemática das remo‡äes de moradias do Bairro Getúlio Vargas (BGV) entre os anos de 1971 e 1973, motivadas pela expansÆo das atividades portuárias na cidade do Rio Grande, tendo em vista compreender como os diferentes atores se pronunciaram sobre estes acontecimentos. Buscamos apreender as consequências imediatas deste processo aos moradores deslocados para novos ou recém-criados bairros da cidade, dotados de pouca ou nenhuma infraestrutura como servi‡o de ilumina‡Æo pública e saneamento básico, além de terem sido apartados de seus antigos vínculos de solidariedade e la‡os de vizinhan‡a. Realizamos uma leitura de Rio Grande considerando a vida emergente das contradi‡äes sociais entre seus sujeitos, que portavam diferentes conteúdos em suas concep‡äes e formas de apropria‡Æo e uso dos recursos ambientais. Evidenciamos que a remo‡Æo das moradias do BGV no início da década de 1970, consistiu num processo marcado por contradi‡äes que configurou um cenário de segrega‡Æo espacial, desenraizamento cultural e precariza‡Æo das condi‡äes socioambientais daqueles moradores.

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