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A arte expande territórios. Reorganiza as unidades, dissolve fronteiras, remaneja barreiras, excede limites, reorienta percep‡äes, traz à luz novas possibilidades. Ao longo de todo o século XX, a arte ocidental nos mostrou a necessidade de mudan‡a. Mudan‡a de um fazer, de um pensar, de um sentir, de um conceber. Diante da imensa diversidade de produ‡Æo tÆo fundamental para os adventos da modernidade e contemporaneidade artísticas, tivemos um consenso nÆo de propostas, mas de desejos que entreviam e apontavam para uma arte capaz de se aproximar mais da vida. Notamos trabalhos que ofertavam mais do que uma experiência contemplativa. Traziam à tona estratégias de a‡Æo e produ‡Æo interessadas em despojar a vida das amarras de um domínio ao nível da subjetividade. Esse estudo busca uma maior reflexÆo sobre a arte que ao se liberar dos sentidos prévios de um fazer institucionalizado, ambiciona atingir a realidade, deliberando experiências e vivências, abrindo-se para a intromissÆo de um desejo capaz de reorientar os decursos da vida. Dessa forma, a pesquisa revisita a obra de Lygia Clark e Artur Barrio como dois importantes precursores dessa tendência na Arte Brasileira.

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Formado em Artes pela Universidade Federal de Juiz de Fora, possui mestrado em História e Crítica da Arte pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro e é doutorando em Arte e Cultura Contemporânea também pela UERJ. Trabalha como professor e artista, tendo já realizado trabalhos artísticos em países como Brasil, Portugal e Chile.

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