---

A Hanseníase (Lepra) é uma doen‡a contagiosa e tem poder incapacitante. O Brasil hoje é considerado um país endêmico pela OMS e várias a‡äes de apoio ao tratamento curativo vem sendo aplicadas e discutidas; dentre elas, o Grupo de Mútua Ajuda com Ònfase no Autocuidado, voltada para a preven‡Æo de incapacidades. Este estudo teve por objetivo analisar as percep‡äes e práticas de um desses grupos (pacientes hansênicos e profissionais da ESF), em um município endêmico no Estado do Rio de Janeiro. Os dados (entrevistas, questionários e observa‡Æo dos comportamentos durante o processo) foram analisados qualitativa e quantitativamente e sob o olhar de referenciais teóricos. Os resultados relativos à preven‡Æo de incapacidades apresentaram significado pequeno, dada a forma de aplica‡Æo da estratégia, que nÆo conseguiu se desvencilhar das dúvidas e incertezas sobre uma doen‡a tÆo complexa. No entanto, extrapolaram quando abriram espa‡o para um contexto muito mais amplo: a vigilância e o diagnóstico precoce. Daí o alerta : medidas podem ser repensadas para melhorar a‡äes de promo‡Æo e prote‡Æo à saúde que respeitem o imaginário coletivo e os significados da doen‡a para a popula‡Æo.

---

Fisioterapeuta, gerontóloga (titulada pela SBGG), Mestre em Saúde da Família pela Universidade Estácio de Sá. Funcionária pública estatutária, sempre priorizando em suas a‡äes a Educa‡Æo em Saúde. Na assistência, atua no Pólo de Hanseníase - ESF (SMS/DC) e, como técnica, na Gerência de Dermatologia Sanitária - Hanseníase (SES/RJ).

---