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Em 2007, o cineasta Helvécio Ratton lan‡ou o filme Batismo de Sangue. Inspirado no livro homônimo de Frei Betto, o longa-metragem descrevia como, no auge da ditadura militar no Brasil, os frades da Ordem dos Dominicanos deram apoio ao movimento estudantil e ao grupo de luta armada liderado por Carlos Marighella. Enquanto vários filmes nacionais da época centravam foco na figura dos guerrilheiros, Batismo de Sangue veio destacar outro método de resistência à ditadura: o engajamento político. Nos anos 60 e 70, os frades dominicanos se colocaram ao lado do povo e tentaram, a seu modo, encontrar uma saída para derrubar um regime brutalmente opressor. Essa op‡Æo lhes custou muito caro: vários membros da Ordem acabaram presos, torturados e até banidos do país. Em uma campanha de difama‡Æo sem precedentes, a imprensa os chamava de "comunistas", "terroristas" e "traidores da pátria". Em dezembro de 2014, o relatório da ComissÆo Nacional da Verdade confirmou a importância da atua‡Æo desse grupo de religiosos na resistência ao regime militar. E agora a Novas Edi‡äes Acadêmicas apresenta esta obra, escrita por Sara Duarte Feijó e com prefácio Helvécio Ratton.

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Sara Duarte Feijó é escritora, professora universitária e doutoranda em História Social pela Universidade de SÆo Paulo (USP). Formada em Jornalismo, trabalhou em veículos como Jornal da Tarde, IstoÉ e Veja SÆo Paulo. Desde 2007, pesquisa representa‡äes da História no Cinema e na TV. Atualmente vive em Washington, como bolsista da Capes/Fulbright.

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