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Temos vivenciado uma espécie de anarquia paradigmática por uma nova ordem estabelecida pelos dispositivos de controle, agora reconfigurados. Tempo e mídia aparecem como pe‡as chave desse novo contexto suportando a transforma‡Æo do sujeito contemporâneo, escravo do paradoxo da generaliza‡Æo individualizada. Nesse cenário de pálidas experiências vÆo-se esvaziando e minando as trocas entre individuo-mundo-sujeito. A assun‡Æo do novo a patamares comprometedores parece gerar a prolifera‡Æo do mesmo por estéticas rasas que acabam por provocar um possível distanciamento do sujeito com as próprias vivências. Para melhor ilustrar tal reflexÆo este livro pretende discutir as diversas formas de produ‡Æo de ruído com fins estéticos. Para tal, estuda dois grupos produtores de performances musicais: O Grivo, brasileiro, com obra bastante singular, e o Stomp, grupo conhecido por suas performances de percussÆo e dan‡a. Ambos utilizam recursos sonoros advindos de instrumentos produzidos por eles mesmos (O Grivo) ou ressignificados em sua utiliza‡Æo (Stomp). A abordagem se dá pelo aparato teórico do pensamento em torno da razÆo sensível, da visibilidade, dos dispositivos e da midiatiza‡Æo.

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Ana Maria Araujo é jornalista formada pela PUC Minas e Mestre em Comunica‡Æo Social PUC Minas.

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