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Mesmo tendo uma vasta produ‡Æo acerca dos processos migratórios no território brasileiro, é importante colocar algumas particularidades impostas pelo modo capitalista de produ‡Æo no bojo desses acontecimentos. Dentro desse contexto, procura-se contribuir com algumas considera‡äes a respeito do trabalhador volante ou boia-fria ligado ao setor agroindustrial sucroalcooleiro, que tem por característica o trabalho migratório. A forma‡Æo destes trabalhadores se deu no decorrer do tempo, mais especificamente nas décadas finais do século XIX e ao longo do século XX. Contudo, houve uma série de rela‡äes específicas entre os demais agentes econômicos, dentre eles o Estado, os capitalistas e os latifundiários que, com o intuito de modernizar a atividade no meio rural, promoveu a expropria‡Æo camponesa através das constantes moderniza‡äes conservadoras das técnicas de produ‡Æo e com isso foram empregando a mÆo-de-obra "libertada" do campo. Esse fenômeno assemelha-se com a teoria da mobilidade for‡ada de Gaudemar (1976). Para tanto, procurou-se delimitar como área de estudo a MesorregiÆo Noroeste Paranaense, e investigar a mobilidade dos trabalhadores rurais ligados ao setor canavieiro.

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Doutorando em Geografia pelo Programa de Pós Gradua‡Æo em Geografia- UEM/PGE, com período sanduíche em AgroParisTech/ Inra, Clermont-Ferrand/FR. Atua nos seguintes temas: Geografia Econômica, Geografia Agrária e Geografia da Popula‡Æo com ênfase em mobilidade do trabalho, agricultura camponesa e desenvolvimento local.

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