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Há muitos estudos acerca da monotonga‡Æo discutidos a partir de modelos de fonologia tradicional e da Teoria da Varia‡Æo. Esses estudos acabam por concentrar-se no aspecto social da varia‡Æo e da mudan‡a linguística, buscando correlatos entre o fenômeno linguístico e as peculiaridades sociais da comunidade investigada. Como lacuna, nÆo consideram as opera‡äes mentais envolvidas no armazenamento e no acesso às palavras no léxico mental dos falantes. Nesse trabalho, busca-se, através da Fonologia de uso e da Teoria de Exemplares, cobrir essa lacuna. A op‡Æo por esses modelos teóricos se deve, basicamente, pela nossa cren‡a de que os fenômenos fonéticos nÆo sÆo apenas simples varia‡äes que podem ser explicadas através de variáveis linguísticas e extralinguísticas, mas também parte inerente ao léxico e à constitui‡Æo dos sistemas fonológicos. Abandonamos, portanto, a clássica divisÆo entre fonética e fonologia e passamos a adotar uma visÆo de inter-rela‡Æo, em que a fonologia de uma língua envolve a distribui‡Æo probabilística de variáveis, resultantes dos efeitos de frequência dos itens lexicais armazenados na memória de longo prazo, com todos os seus detalhes fonéticos.

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Doutora em Linguística pela Universidade Federal de Santa Catarina. Atualmente é professora efetiva da Universidade Federal do Tocantins, UFT, no curso de gradua‡Æo e mestrado, no campus de Porto Nacional, e de mestrado e doutorado no Campus de Araguaína. Pesquisa na área de fonética e fonologia, com ênfase nas abordagens cognitivas.

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