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O objetivo deste trabalho é investigar se o Programa Bolsa-Família contribui para reduzir a incidência de trabalho entre crian‡as e adolescentes. O programa contribui de forma indireta porque a soma em dinheiro concedida às famílias participantes auxilia na subsistência de seus membros sem a necessidade de que seus filhos trabalhem para tanto. Os resultados indicam que a propor‡Æo de crian‡as e adolescentes que apenas trabalham na família e a propor‡Æo de crian‡as e adolescentes inativos diminuem, enquanto a propor‡Æo de crian‡as e adolescentes que apenas estudam na família se eleva em resposta ao programa. Se por um lado o efeito da concessÆo de benefícios resulta em elevar a presen‡a das crian‡as e adolescentes na escola e reduz sua ociosidade, por outro nÆo altera a propor‡Æo de crian‡as e adolescentes que estudam e trabalham. Esta limita‡Æo pode ser atenuada caso o programa estabele‡a a‡äes articuladas com iniciativas que elevem a disposi‡Æo de recursos econômicos, sociais e culturais que favore‡am o desenvolvimento nas famílias de um sentido de preserva‡Æo para com as crian‡as e adolescentes, crucial para erradicar o trabalho infanto-juvenil.

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Graduado em Ciências Econômicas (2005) e Mestre em Economia pelo Programa de Pós-Gradua‡Æo em Economia da Universidade Federal de Uberlândia (2009). Atualmente é economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE)

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