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O ponto central, portanto, a ser apresentado ao longo deste trabalho será o de como eventos jurídicos permitiram a confec‡Æo de discursos capazes de reinterpretar a Shoah de acordo com os desígnios de determinados atores políticos, respondendo, por sua vez, a contextos históricos específicos. Pôr a na‡Æo em perspectiva e consequentemente a política nÆo implica na anula‡Æo, de nossa parte, da natureza moral ou humanista presente nestes casos. Simplesmente caracteriza-se por uma questÆo pouco levantada até entÆo e desse "silêncio" formulamos nossa pergunta: em que medida os julgamentos do holocausto auxiliaram na cristaliza‡Æo de uma narrativa política da Shoah nos anos sessenta, (momento de edifica‡Æo do Estado-na‡Æo), e nos anos oitenta, (período delicado de críticas internacionais às posturas nacionais israelenses)? O prisma usado para refletir em rela‡Æo à na‡Æo serÆo dois julgamentos de criminosos de guerra. Ao selecioná-los buscaremos demonstrar como foi possível em Israel, em um determinado sentido, o auxílio prestado pelo Poder Judiciário na elabora‡Æo de um discurso ligado à identidade política nacional.

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Possui gradua‡Æo em História e Licenciatura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro: 2005-2010Possui Mestrado em História Comparada na Universidade Federal do Rio de Janeiro: 2011-2013Cursando a Gradua‡Æo em Direito na Universidade do Estado do Rio de Janeiro: 2014-Cursando Pós-Gradua‡Æo - Especializa‡Æo em Educa‡Æo e Rela‡äes Raciais - UFF.

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