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O texto discute concep‡äes de pais e professores acerca da boa escola e do bom aluno. Aceitando existir vozes e visäes diferenciadas que emergem das diferentes esferas constitutivas da cultura escolar, os sujeitos da pesquisa foram professores, pais, alunos e funcionários de uma escola pública. A análise dos dados se faz no âmbito da Sociologia, com ênfase nas contribui‡äes de Pierre Bourdieu, com destaque para os conceitos de habitus, distin‡Æo e juízo professoral, considerando também a existência de um juízo parental. Os resultados obtidos, que explicitam as expectativas e cren‡as dos sujeitos, apontam que os professores e pais, independentemente da idade ou do tempo que cursaram a educa‡Æo básica, julgam a escola tendo como referência uma escola pretérita, que acreditam ter sido de melhor qualidade; dessa forma, a escola perdida configura-se como um modelo escolar almejado por ambos. Isso conduz a outras duas considera‡äes: a primeira, que os pais e professores, apesar de divergências, têm o mesmo modelo de boa escola; a segunda, que ambos desconsideram as condi‡äes sociais que possam ter engendrado as mudan‡as pelas quais passou a escola pública.

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Graduado em Biologia e Pedagogia, com mestrado em História e Filosofia da Educa‡Æo, doutorado em Educa‡Æo e Ciências Sociais, ambos pela Pontifícia Universidade Católica de SÆo Paulo (PUC/SP), e pós-doutorado em Educa‡Æo pela Universidade de SÆo Paulo. Atualmente é docente no Departamento de Educa‡Æo da Universidade Federal de SÆo Paulo (UNIFESP).

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