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Pela minha experiência com o ensino de Língua Francesa, ao longo de muitos anos, no Centro de Línguas (CELIN) da Universidade Federal do Paraná, pude constatar o quanto a maioria dos alunos traz para a sala de aula a sua visÆo de mundo, suas experiências de vida, cren‡as, etc... que podem e devem ser consideradas e aproveitadas em tal contexto "porque sÆo fatores internos que interagem entre si num processo de integra‡Æo entre a cultura e a língua eleitas pelo aluno dentro do processo de ensino-aprendizagem" Harter (1981, 304). Esta visÆo de mundo compartilhado do aluno com suas diversas experiências vem à tona na sala de aula porque, na verdade, "nenhuma mente está livre dos efeitos de condicionamentos anteriores que lhe sÆo impostos por suas representa‡äes, linguagem ou cultura. Nós pensamos através de uma linguagem; nós organizamos nossos pensamentos, de acordo com um sistema que está condicionado, tanto por nossas representa‡äes, como por nossa cultura". Moscovici (2003, p.35). O que para Saussure, significa que nós nÆo somos, em nenhum sentido, os "autores" das afirma‡äes que fazemos ou dos significados que expressamos na língua.

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José Carlos Moreira. Possui mestrado em linguística aplicada (2006) bem como gradua‡Æo em Letras - português, francês e espanhol pela Universidade Federal do Paraná. Atua como professor Assistente nível I do Magistério Superior de língua francesa, cargo efetivo do Departamento de Letras Estrangeiras Modernas do Setor de Ciências Humanas da UFPR.

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