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A partir dos anos 1990 a economia brasileira ingressou em um novo padrÆo de desenvolvimento e inser‡Æo externa, haja vista dois acontecimentos: a abertura econômica e a estabiliza‡Æo de pre‡os, obtida com o Plano Real em 1994. Acrescente-se ainda, a ado‡Æo do câmbio flutuante e do Regime de Metas de Infla‡Æo, políticas/institui‡äes que alteraram substancialmente a condu‡Æo das políticas macroeconômicas, com reflexos, particularmente, para o setor produtivo. Merece destaque a trajetória da indústria de transforma‡Æo, que apresentou queda firme da sua participa‡Æo relativa no PIB, além da redu‡Æo do saldo comercial dos produtos industriais, especialmente, os de maior conteúdo tecnológico, ao mesmo tempo em que ocorria o retorno para as commodities e produtos básicos. Esse movimento, que se deu em paralelo ao fraco desempenho e a crescente fragilidade interna e externa da economia brasileira, suscitou um intenso debate em torno da mudan‡a estrutural em curso, suas causas e consequências para o desenvolvimento do país, questÆo para a qual esta pesquisa está voltada, a partir de uma perspectiva de análise teórica, histórica e empírica do tema.

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Elisangela Araujo é Doutora em Economia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e professora da Universidade Estadual de Maringá. Maria de Fátima Garcia é doutora em Economia pela Universidade Federal de Pernambuco e professora da Universidade Estadual de Maringá.

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