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O imaginário da Carta de Caminha ainda encontra ressonância nas divulga‡äes turísticas na Costa do Descobrimento. Estabelece-se aqui a rela‡Æo entre a Carta e o marketing turístico que circulam em folders, guias turísticos, revistas, fotografias, CD-Rom, etc. O imaginário da Carta diz da mentalidade dos portugueses sobre o que viam e ouviam na terra e nos nativos gerando visäes romantizadas e eufóricas ou depreciativas e disfóricas. Analisam-se as imagens sobre os costumes exóticos, a estética, o lúdico, o outro e a natureza paradisíaca presentes na Carta e nas representa‡äes do Brasil ressignificadas pelo marketing turístico (paraíso, beleza das gentes, exotismo, erotismo, folguedos dos nativos). A utiliza‡Æo desse imaginário pelo turismo promete que os visitantes vÆo vivenciarem as mesmas experiências paradisíacas, sentindo o mesmo ócio edênico decantado por Caminha. As propagandas turísticas promovem uma falsa visÆo exótica dos habitantes a da regiÆo. Um turismo coerente e sustentável passa por repensar essas imagens, valorizar e preservar as culturas passadas e presentes e as vivências com a‡äes que minimizem os impactos sobre os grupos e espa‡os locais.

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Graduada em História/UFPB; Mestre em Cultura e Turismo/UESC/UFBA; Prof¦ Assistente da UESC. Vice-coord. Grupo de Pesquisa Identidade Cultural e Expressäes Regionais/ICER/UESC. Professora da Faculdade de Tecnologia e Ciências e Coordenadora do Curso de Turismo da FTC de (2001-2008). µreas de atua‡Æo: História, Cultura, Turismo, Imaginário, Imagens.

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