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Martin Heidegger é um filósofo de grande peso para o pensamento ocidental, uma de suas grandes obras foi Ser e tempo. Nela podemos repensar o que se compreende por humano de uma maneira radicalmente distinta do que foi tomado pela tradi‡Æo. Será a partir desta compreensÆo que iremos encontrar nosso tema: o papel privilegiado da angústia na existência. O privilégio acontece para aquele que pode se angustiar: o ser-aí humano. A angústia aponta para uma transforma‡Æo existencial, uma vez que ela suspende as determina‡äes a partir das quais nós somos e estamos. Esta suspensÆo abre espa‡o para que outros modos de ser aconte‡am, para que outra rela‡Æo com o espa‡o existencial possa surgir. Em meio ao automatismo cotidiano, as determina‡äes estÆo dadas e pouco espa‡o se dá para o próprio espa‡o no qual a existência se constitui. Esta abertura vai surgir quando nos angustiamos, ela traz um espa‡o, mas nÆo garante que algo diverso surja daí, de modo que o automatismo sempre pode ser retomado. O papel privilegiado dá margem para pensarmos a possibilidade de duas vozes da angústia: a primeira está relacionada a esta quebra dos automatismos e a segunda aponta para uma prontidÆo ao angustiar-se.

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Psicóloga clínica,Doutoranda em Filosofia, Mestre em Filosofia, Especialista em Psicologia clínica Fenomenológico-Existencial, Graduada em Psicologia, Graduada em Administra‡Æo com habilita‡Æo em Comércio Exterior.

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