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Quando eu pulei o muro, surge de minhas inquieta‡äes com alguns sujeitos atravessantes da existência. Sujeitos que apesar de muitos percal‡os e intempéries na travessia da corda bamba da vida, se colocam a caminhar. Assim se fez neste livro. Foram os sujeitos, ou como preferi, "as sujeitas", as travestis, para contestar o masculino universal, branco, heterossexual, de classe média, que falaram neste texto. Suas vozes, suas tristezas e alegrias, suas aventuras e desventuras foram revisitadas para que pudessem contar suas experiências com a institui‡Æo escola. E trouxeram terríveis lembran‡as, mas que ainda hoje sÆo perpetradas nesta institui‡Æo. Mas essas, como borboletas que sÆo, como andantes de uma vida que quer existir, essas resistem e se fazem transformar. Pular muros, atravessar precipícios em cordas bambas, dan‡ar, sorrir... Afinal sÆo borboletas e elas querem voar por aí.

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Possui gradua‡Æo em Filosofia pela Universidade Federal de SÆo JoÆo Del-Rei (2008), Mestrado em Educa‡Æo pela Universidade Federal de Lavras (2014). E atualmente cursa doutorado em Ciências Sociais pela Universidade Estadual Paulista (2016-2020). Professor na educa‡Æo básica atuando nas disciplinas de filosofia e sociologia, desde 2009.

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