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A presente etnografia analisa as rela‡äes sociais existentes entre os moradores de uma favela e os do bairro circunvizinho, na Zona Norte carioca, tomando como mote um Centro Comunitário. A partir das conexäes entre os indivíduos é possível compreender de que maneira essas rela‡äes sÆo postas em a‡Æo. No contexto da entidade, as redes sÆo um elemento de organiza‡Æo social, pelas quais as intera‡äes cotidianas ganham sentido. O vínculo entre os indivíduos nÆo se realiza apenas porque trabalham ou freqüentam a institui‡Æo, mas sim por amizade, parentesco, religiosidade. Nessas redes, trocas e reciprocidades sÆo estabelecidas, bem como sÆo acionadas, por exemplo, para obten‡Æo de recursos - como os projetos sociais. Os indivíduos ocupam distintos papéis sociais e, em fun‡Æo disto, há um controle de seus comportamentos, das informa‡äes e do fluxo das mesmas. Decorrem daí inúmeros conflitos, visto que essa rede nÆo é "estreita", mas há, constantemente, a inser‡Æo de novos sujeitos. Analisa as rela‡äes entre os jovens participantes de um dos projetos sociais, que supostamente encontrar-se-iam numa "situa‡Æo de risco social", e os moradores do bairro no âmbito de um shopping center.

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Graduada em Ciências Sociais pela UFRGS (1998), mestre em Antropologia Social pela mesma institui‡Æo(2001) e doutora em Antropologia pelo Museu Nacional/ UFRJ (2006). Professora efetiva do IFRJ, desde 2009. Possui experiência de pesquisa, consultoria e docência nos temas: identidades, produ‡Æo cultural, favelas, rela‡äes raciais, corpo e saúde.

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