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Os jogos eletrônicos constituem um campo de entretenimento e intera‡Æo, com regras e contextos que configuram uma infinidade de possibilidades de atua‡Æo. Diante disso, buscamos captar a singularidade presente na rela‡Æo que os jogadores estabelecem com este espa‡o virtual, considerando as seguintes categorias: a rela‡Æo com os personagens; a realidade e o virtual; a realiza‡Æo de desejos; a ética e os conteúdos morais. Os resultados revelam que os sujeitos-jogadores tomam decisäes e fazem a‡äes que levam em conta aspectos éticos de uma forma diferenciada. Assim, propomos o conceito de ciberética, entendida como um procedimento ético presente nos jogos eletrônicos que considera a capacidade do sujeito-jogador de avaliar as regras definidas e orientar o seu comportamento no mundo virtual, o que pode ignorar a moral do cotidiano. Esta ética se aplica ao universo virtual dos jogos eletrônicos, no qual as a‡äes dos jogadores existem em potência, mas nÆo em ato; por isso nÆo se confundem com o mundo cotidiano. A ciberética oferece a possibilidade de sublima‡Æo dos instintos e o direcionamento de energia pulsional, favorecendo a realiza‡Æo de desejos humanos de forma fantasmática.

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Graduada em Psicologia e em Pedagogia, Mestre e Doutora em Educa‡Æo pelo Programa de Pós-gradua‡Æo em Educa‡Æo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Atualmente, é professora do Programa de Pós-Gradua‡Æo em Educa‡Æo e do Departamento de Metodologia de Ensino da UFSC, coordenadora de projetos de pesquisa e extensÆo em jogos e educa‡Æo.

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