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Este trabalho pretende pensar a cidadania e a sustentabilidade do ponto de vista da crise ambiental contemporânea. Primeiro defende-se que a no‡Æo de cidadania ecológica criada por diversos autores é insuficiente para enfrentar a complexidade global da crise ambiental. Depois, partindo desta, tenta-se construir uma no‡Æo mais ampla de cidadania ambiental, tomando o conceito de ambiente como categoria ontológica para a sobrevivência humana e nÆo humana no planeta e repensa-se as bases do contratualismo moderno, de um contrato social a um Contrato Ambio-Social que contemple o equilíbrio ecológico dos ecossistemas planetários e a preocupa‡Æo para com as gera‡äes futuras. Feito isto, pretende-se posteriormente enriquecer conceptualmente o conceito de sustentabilidade para lá do seu clássico triângulo, enfocando-o como um possível mito de mobiliza‡Æo da sociedade civil face aos desafios ambientais contemporâneos na perspectiva de uma antropologia da esperan‡a e de uma utopia dinâmica, cujas ferramentas de pensamento crítico aos paradigmas estabelecidos nos permitam o exigente e estimulante exercício de divisar futuros modelos sociopolíticos alternativos, equitativos e sustentáveis.

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Bruno Rego é Doutorado em Filosofia, especialidade Filosofia da Natureza e do Ambiente (2015), pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, membro do CCIAM - Climate Change Impacts and Modelling da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e investigador de Filosofia do Ambiente, Filosofia Política e Filosofia da Tecnologia.

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