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Mário de Sá-Carneiro, poeta português que viveu na confluência do século XIX para o XX, contribuiu para a introdu‡Æo do Modernismo em Portugal, ao participar da produ‡Æo da revista Orpheu. A manifesta‡Æo literária do autor se insere no limiar da expressÆo dos delírios do sofrimento, da dor da alma transportada a um plano estético e da configura‡Æo de um sujeito poético em sintonia com sua dispersÆo subjetiva. Nesse sentido, o artista que quer ver reconhecidos os seus ideais, que usa a emo‡Æo, mas ao mesmo tempo dela se distancia, pode ser encontrado na produ‡Æo carneiriana, motivado pelas vanguardas europeias. Assim, este estudo analisa as novelas "A grande sombra", "Asas" e "Eu-próprio o Outro", contidas em Céu em fogo (1915), de Mário de Sá-Carneiro, a partir de um estudo dos aspectos que caracterizam a presen‡a do poético nas narrativas do autor. Com base em análises estruturais de suas novelas poéticas, verifica-se a tessitura da prosa poética, detectando quando há lirismo na prosa e atestando as características que configuram a fusÆo do enredo e da poesia, seja pela musicalidade ou pela divisÆo do texto em segmentos que chegam a recordar a cadência do verso.

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Graduada em Letras Licenciatura Português/Espanhol pela Universidade Federal do MaranhÆo (2010) e Mestre em Estudos Literários pela Universidade Federal do Piauí (2014). Professora da Secretaria de Educa‡Æo do Estado do MaranhÆo. Professora Orientadora da Universidade Aberta do Piauí (UAB) e do Curso de Especializa‡Æo EPDS (UFPI).

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