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O presente estudo analisa a experiência histórica de elabora‡Æo da cren‡a moral no pecado, ancorado no discurso do poder, enquanto lógica discursiva, como parte do cânone da Igreja cristÆ, à luz dos escritos de Agostinho de Hipona, contextualizado na µfrica romana, com ênfase na segunda metade do século IV e início do século V. Tal cren‡a constituiu para a Igreja um poderoso discurso de uma lógica de hierarquiza‡Æo social, estabelecendo nichos sociais de poder entre clérigos e leigos. O pecado em Agostinho é marcado por uma perspectiva escatológica, uma vez que o homem terreno, manchado pela culpa original no Éden, terá sua salva‡Æo no Juízo Final. Nesse sentido, o pecado é constitutivo de um discurso biológico-geracional fundamentado por uma teologia da história, linear, teleológica e dualista. Vários projetos teológicos foram elaborados, especialmente na µfrica romana, resultando em disputas pela ortodoxia da Cristandade. A análise centra-se em uma reflexÆo interna da Igreja, privilegiando os textos de Agostinho, como forma de compreender o processo de legitima‡Æo da doutrina ortodoxa frente aos movimentos teológicos classificados como heréticos e cismáticos.

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George Augusto da Silva é graduado em História pela Universidade Estadual de Goiás (UEG), especialista em História Cultural pela mesma universidade, especialista em Educa‡Æo pela Universidade Federal de Goiás (UFG) e mestre em História Social pela Universidade de Brasília (UnB).

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