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A morte de Antero da Costa (1936) tem sido tomada como tema de diferentes interpreta‡äes sobre o passado de CatalÆo-GO, construindo uma memória marcada pela cren‡a num passado de violência e crueldade. Todavia, nesse mesmo cenário há espa‡o para participa‡Æo de um povo devoto e crente na possibilidade de uma vida melhor, exemplo disso é a santifica‡Æo do Antero, pois depois de ter sua história de vida e de morte marcada por trágicas e gloriosas narrativas esse personagem se apresenta para alguns como bandido, para outros, como um homem injusti‡ado. Essa mistura de bandido e bom mo‡o penetra um mundo de crendices e devo‡Æo tornando-se um lugar cheio de práticas e manifesta‡äes em que a História, a memória e a religiosidade precisam ser pensadas. E este é um dos objetivos deste livro que através de material empírico como fotos, processo crime, noticiários, literatura e principalmente as vozes dos devotos investiga as possibilidades de entendimento sobre como um homem se torna santo em um lugar longe e no grande sertÆo do Brasil. Assim, este livro traz em suas páginas marcas de sangue e violência, mas também a beleza de um povo que aprendeu a lidar com a vida se ligando ao sagrado.

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Historiadora com pesquisas nas áreas de Memória, História e Religiosidade em Goiás.Doutoranda pela Universidade Federal de Uberlândia -UFU, na linha de pesquisa em História e Cultura.

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