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Em As Ilhas Desconhecidas, há uma espécie de "êxtase" estético, proporcionado pelas belezas da paisagem dos arquipélagos dos A‡ores e da Madeira. Veremos que esse "êxtase" adquiriu atribui‡äes puramente dinâmicas, humanizadas e culturais, referindo-se a uma combina‡Æo simbiótica entre impressäes do narrador diante do que observa e com o qual interage. Há aqui uma diferencia‡Æo notável da apreensÆo da paisagem, visto que, ao retomar o conceito de perspectiva em âmbito literário e aproximá-lo às men‡äes recentes acerca do estudo da Paisagem e de pontos de vista selecionados e privilegiados, essa obra brandoniana caminha em dire‡Æo a uma inova‡Æo na abordagem da paisagem que passa, necessariamente por sua configura‡Æo como uma forma perceptiva sobre o estar no mundo e também, na escrita literária.

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Possui Mestrado e Doutorado em Estudos Literários - Literatura Portuguesa, pela UNESP/Araraquara - SP. Obteve Bolsa FAPESP durante o Doutorado, com realiza‡Æo de pesquisa de campo no Porto e em Lisboa. Atualmente realiza estudos acerca da Paisagem na obra de Raul BrandÆo e nas produ‡äes literárias a‡orianas modernas e contemporâneas.

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