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O estudo do Tesouro contém em si elementos que nos dÆo um melhor conhecimento deste corpo material/simbólico assim como dos próprios homens que os possuíam. Esta análise é uma chave preciosa que abre portas ao conhecimento da Arte e História Medieval conciliando fenómenos até agora dispersos: na sua cultura, entre os valores e ideias que imperavam, na espiritualidade e fé, no imaginário e gostos e em rituais e ambiente vividos. O estudo aqui desenvolvido incidiu sobre o Tesouro de D. Dinis de Portugal e foi orientado nos campos artístico, histórico e iconológico. A análise deste tesouro traz-nos à luz um pensamento idealizado e hierarquizado através da sua diversidade de tipologias e características. Mais do que um estudo material dos objectos, importa considerar o Tesouro Medieval como um todo, com fun‡äes simbólicas e práticas específicas que era usado em cerimónias diárias e extraordinárias. Em suma, foi no seu tesouro que D. Dinis guardou as pe‡as consideradas por si de valor e indispensáveis para manter o seu status, construindo visualmente uma imagem de poder, formalizou o seu próprio código de representa‡Æo do espa‡o e da vivência no mesmo.

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Rita A. Melro é doutoranda em História da Arte, mestre em História da Arte, licenciada em História,pela Universidade de Lisboa,possuí ainda um curso de Joalharia Artística e Artesanal. Encontra-se de momento a terminar a sua tese de doutoramento colaborando em diversos trabalhos,congressos e grupos relacionados com o tema sobre tesouros medievais.

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