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Defendemos nesse trabalho a possibilidade de resgatar, por meio da obra de Henri Bergson, o aspecto espiritual da filosofia e oferecer à contemporaneidade uma visÆo de mundo superior, no nosso ponto de vista, a uma perspectiva meramente estética e hedonista tÆo festejada na pós-modernidade. O trajeto escolhido para exposi‡Æo dessa tese foi inicialmente uma análise da concep‡Æo bergsoniana de intui‡Æo, mostrando as consequências dessa no‡Æo na crítica à metafísica tradicional e na constru‡Æo de uma nova metafísica da dura‡Æo, seguida de um estudo da compreensÆo bergsoniana da mística,assim como de seu papel crucial no desenvolvimento moral e espiritual da humanidade. Defendemos, com Bergson, uma evolu‡Æo criadora ainda em curso, compreendendo assim a intui‡Æo filosófica como um esfor‡o que leva o intelecto ao seu limite e a intui‡Æo mística como um esfor‡o que eleva um indivíduo além de si mesmo. Constatamos ainda a excepcionalidade da mística e a consequente necessidade de reflexäes acerca das possibilidades de aplica‡Æo indireta daquilo que os grandes místicos nos legaram.

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Catarina Rochamonte é graduada em filosofia pela UECE (Universidade Estadual doCeará), mestre em filosofia pela UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte) edoutora em Filosofia pela UFSCar (Universidade Federal de SÆo Carlos).

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