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Pretende-se fazer uma análise dos valores semânticos e discursivos de constru‡äes com verbo-suporte e de expressäes cristalizadas correntes na língua portuguesa do Brasil. O corpus analisado é constituído de textos de gêneros variados colhidos em jornais e revistas publicados desde 2003, nos quais se evidencia o aparecimento cada vez mais freqüente dos usos verbais em foco. Parte-se do pressuposto teórico de que o verbo é o nó a ser desatado, pois, ao contrário, do que muitos autores vêm relatando em rela‡Æo ao verbo-suporte, nÆo há um completo esvaziamento semântico, mas uma nova forma de dizer em que se privilegia o uso conotativo do verbo que passa de pleno a leve, segundo a nomenclatura de vários estudiosos, que lhe atribuem valor de auxiliaridade. Enquanto o uso dos verbos-suporte no Brasil vem-se fixando no léxico, outras formas cristalizam-se, enriquecendo o vocabulário, inovando falares, o que aproxima estas expressäes de uma classe aberta. O verbo somado a alguns nomes ou participando de expressäes, longe de se esvaziar, estende ou modifica a significa‡Æo no processo discursivo.

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Gradua‡Æo em Letras pela Universidade do Estado da Guanabara (1973), Mestrado em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1999) e Doutorado em Letras pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2005). Titular III na Universidade Estácio de Sá. Professora aposentada do Instituto de Letras da UERJ.

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