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A naturaliza‡Æo da fun‡Æo da família contribuiu para pô-la no centro dos discursos nÆo só dos especialistas, mas de toda a sociedade. Na medida em que muitas famílias nÆo se adéquam ao modelo de "família ideal" e "privada", estigmas e estereótipos legitimados por atributos de valores morais as desqualificam. Essa desqualifica‡Æo é um dos mecanismos utilizados a fim de justificar a interven‡Æo dos profissionais da assistência social na rela‡Æo interna da mesma. É o que ocorre com a família considerada "em vulnerabilidade social" cujas práticas sociais conferem um caráter de incompetência e culpa pelo nÆo cuidado para com seus membros, desqualificando seus saberes, justificando, assim, a necessidade de controle e ingerência. Compreender que a família "em vulnerabilidade social" é uma produ‡Æo de subjetividade, uma demanda produzida no contexto neoliberal pautada nas políticas de mercado que fundamentam as políticas de inclusÆo se faz necessário. Que família é essa? Como se deu sua constru‡Æo/produ‡Æo? A partir de que mecanismos a família pobre e "vulnerável" passou a ser objeto de controle e interferência? Essas e outras questäes foram problematizadas nesse livro.

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Doutoranda em Políticas Públicas e Forma‡Æo Humana (UERJ). Mestre em Políticas Públicas e Forma‡Æo Humana (UERJ/2010).Especialista em Terapia de Família (UCAM/2008).Possui gradua‡Æo em Psicologia pela UFRJ (2006). Atualmente é psicóloga do Tribunal de Justi‡a do Estado do Rio de Janeiro.

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