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Este trabalho tem por objetivo fazer uma análise das rela‡äes internacionais na Bacia do Prata, no que tange ao seu aproveitamento hídrico, desde a década de 1960. Se, por um lado, as rela‡äes hostis entre Brasil e Argentina, decorrentes da incompatibiliza‡Æo de seus projetos de aproveitamento hidrelétrico do Rio Paraná, durante as décadas de 1960 e 1970, caracterizam uma fase predominantemente realista na Bacia do Prata, por outro, o projeto da Hidrovia Paraguai-Paraná, iniciado nos anos 1980 e concretizado na década seguinte, representa uma tendência multilateralista das rela‡äes internacionais na regiÆo, fundamentada na teoria da interdependência complexa, que parecia levar a uma coopera‡Æo entre os países platinos. Porém, uma interpreta‡Æo do Tratado da Bacia do Prata, por meio dos princípios da hermenêutica, fugindo das teorias clássicas de rela‡äes internacionais, ajuda no entendimento da sua inefetividade e explica melhor a dificuldade de se chegar a uma coopera‡Æo tendo-o como base.

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Advogado, com bacharelado em Direito pela PUC-Campinas, mestrado em Rela‡äes Internacionais pelo Programa San Tiago Dantas (UNESP-UNICAMP-PUC/SP) e doutorado em Ciência Política pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). É Professor no Curso de Rela‡äes Internacionais da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

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