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A visÆo filosófico religiosa de Heschel sobre o homem é que ele é a manifesta‡Æo imanente do Divino em cada fenômeno do universo e em cada a‡Æo humana. Mas com o advento da modernidade, outro processo foi iniciado pelo fato de que a civiliza‡Æo, dita moderna, nÆo se dá conta de que quanto mais se afasta dos valores transcendentais, mais está incentivando a desumaniza‡Æo. Abraham Joshua Heschel identifica, assim, o envenenamento básico da civiliza‡Æo moderna: o eclipse do Sagrado. Com esse conceito, ele se refere à morte da "alma" do homem moderno. Dessa forma, o irromper da barbárie nÆo é uma surpresa, mas uma consequência nefasta do simulacro de humanismo que restava quando o ser humano nÆo mais é visto com a referência que lhe é devida. Neste contexto é preciso levar em conta as tentativas de elabora‡Æo de um diálogo com a nova conjuntura que a modernidade evidenciou; a desumaniza‡Æo do homem, vista, sobretudo, no marco histórico do Holocausto. É indispensável considerar o conceito de autodiscernimento como forma de responder as inquieta‡äes humanas em confronto com os novos valores e as novas diretivas modernas que assolam o modo judaico de perceber o mundo.

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Mestrando em Ciências da ReligiÆo pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Gradua‡Æo em Filosofia. Possui proficiência em língua espanhola e conhecimentos da língua latina, grega, hebraica, inglesa e italiana.

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