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Cuidar da pessoa em fim de vida numa unidade de cuidados intensivos nÆo têm apenas como finalidade, devolver a saúde ou pelo menos conservar a vida, mas o enfrentar a morte é outra das condi‡äes existentes. Em cuidados intensivos, a existência de uma filosofia predominantemente assente num modelo biomédico, sujeita muita das vezes os doentes a uma morte desumanizada, fria e solitária. Deste modo, a complexidade do processo de acompanhamento do doente em fim de vida, transcende a lógica e o racionalismo exigindo a quem cuida, o desenvolvimento de habilidades capazes de restituir à pessoa que experiencia a última etapa da vida um novo sentido de viver. Com o intuito de respeitar a dignidade humana da pessoa em fim de vida internada em cuidados intensivos, e de otimizar as práticas profissionais numa perspetiva ética, moral, legal e deontologicamente aconselhável, surgiu a necessidade desta reflexÆo. Este livro destina-se nÆo só a profissionais de saúde como a todas as pessoas sem distin‡Æo, uma vez que refletir sobre a morte é um modo de a prospetivar e de nÆo negar a única certeza de que todos partilhamos.

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Manuela Alves é enfermeira desde 1991 numa Unidade de Cuidados Intensivos Polivalente.Mestre em Enfermagem com Especializa‡Æo na área de enfermagem Médico-Cirurgica.O seu interesse por questäes ético-deontológicas na enfermagem têm orientado parte da sua reflexÆo.

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