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Este estudo procura reconhecer a singularidade e a importância, para além das hesita‡äes e das controvérsias existentes, que a atividade artística ocupa na filosofia do Bergson. Ao percorrermos as obras do filósofo, constatamos que suas alusäes à atividade artística nos mostram, que a despeito de suas diferen‡as, arte e filosofia se aproximam na medida de que ambas, cada uma a sua maneira, se propäem de algum modo a ultrapassar as conven‡äes necessárias e cotidianas da vida, reconfigurando o modo pelo qual apreendemos a ordem das coisas e a nós mesmos. As alusäes artísticas apresentadas por Bergson nos induzem a conjeturar que, se nÆo há, para esse filósofo, necessidade categórica de uma teoriza‡Æo sobre a arte, é possível vislumbrar uma descri‡Æo da atividade artística que se erige em concomitância com a descri‡Æo da dura‡Æo e do método filosófico. Isso porque a arte, como sustenta o autor, nos insere também numa experiência de conhecimento.

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Doutoranda em Filosofia pela Universidade Federal de SÆo Carlos. Mestre em Filosofia pela Universidade Federal de SÆo Paulo.

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