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O impacto do Diagnóstico de Malforma‡Æo fetal na experiência das gestantes usuárias do SUS na Bahia leva a reflexÆo sobre os conceitos de dia-gnosis e pro-gnosis (Gross & Shuval, 2008), associados à medicina do risco. Destaca-se o discurso biomédico na formata‡Æo diagnóstica, as diferentes percep‡äes de risco e o forte engajamento das usuárias frente às tecnologias pré-natais e interven‡äes cirúrgicas neonatais, caucionados na esperan‡a de que o avan‡o da ciência seja capaz de reverter ou abrandar a condi‡Æo do seu feto/bebê. O espa‡o pré-natal é marcado pela ausência de discussÆo a respeito do prognóstico, com a busca do conhecimento por meio da internet, opiniÆo do marido e da cren‡a religiosa que servem de alicerce para lidar com a antecipa‡Æo da deficiência. As gestantes acreditam ser este um desígnio de Deus, uma espécie de prova‡Æo e uma prova de amor incondicional ao futuro filho que poderá ou nÆo sobreviver. Em outra vertente, a autora analisa a forma como se organiza o sistema de saúde, Destaca a falta de uma política pública do Ministério da Saúde que norteie o desenvolvimento da medicina fetal, o que gera vulnerabilidades e desigualdades sociais.

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Psicóloga, psicanalista, doutora em Saúde Coletiva pelo IMS/UERJ e mestre em Psicologia Clínica pela PUC-RIO. Trabalhou na ONG Ser Mulher, na coordena‡Æo de projetos na área da preven‡Æo e promo‡Æo à saúde. Tem experiência na área da saúde coletiva, saúde da mulher, medicina fetal, tecnologias pré-natais, psicanálise, gênero e sexualidade.

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