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Diante do cenário de conflitos internacionais durante a década de 1940, os recifenses passam a conviver com uma forte presen‡a de soldados, propagandas e produtos estadunidenses em seu cotidiano, o que instaurou um novo flanco da guerra, a qual, se nÆo participavam diretamente, sentiam indiretamente no seu dia-dia: a de costumes e paradigmas. A modernidade, que havia chegado à cidade nas décadas iniciais do século e seguia o modelo europeu, passava a nÆo mais funcionar diante de um intenso bombardeio de novas ideias, produtos e modos de vida realizado pelos EUA e seu American way of life. Auxiliado por um bem estruturado complexo propagandístico e sedutoras imagens de liberdade, abundância, simplicidade, etc., esse país instaura um novo paradigma no Brasil e no Recife em particular, que convivia diariamente com alguns representantes desse novo ideal. Este livro propäe uma analise das estruturas discursivas que suportaram esse novo paradigma de comportamento, criando novas possibilidades de subjetiva‡Æo, procurando mostrar os novos enunciados da modernidade e apontar as mudan‡as no cotidiano da cidade do Recife durante a primeira metade da década de 1940.

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Marcos A. M. S. Arraes é Doutor em História pela Universidade Federal de Santa Catarina (Brasil), tendo realizado estágio doutoral na Universidade da California, Irvine (EUA), com bolsa de Doutoramento pela ComissÆo Fulbright (EUA), e professor colaborador do departamento de História da Universidade Federal de Santa Catarina.

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