---

Este trabalho tem como objetivo compreender o sentido da representa‡Æo que o escritor brasileiro, Machado de Assis, fez da passagem da Monarquia a República. A transposi‡Æo de um fato histórico para a fic‡Æo se encontra no penúltimo romance que o cronista publicou em 1904: Esaú e Jacó. Entre os protagonistas desta narrativa, os leitores encontrarÆo personagens, como Pedro e Paulo, que podem personificar a polaridade existente entre monarquistas e republicanos nas últimas décadas do Império - regime que cambaleava desde o final dos anos 60 do século XIX. A presente análise fundamenta-se, sobretudo, na maneira como os eventos, que levaram o desaparecimento do reinado brasileiro, servem de instrumenta‡Æo enunciativa para o romancista contar a história dos gêmeos que disputam tudo, come‡ando pela aten‡Æo da mÆe Natividade, passando pelas divergências política e também o cora‡Æo da indecisa Flora. Os fatos transcorrem e sÆo retratados pelo diplomata aposentado, Conselheiro Aires que, narra os fatos, mas também participa deles, passando de um eu-narrador para um eu-personagem que conta os périplos do casal Batista para conseguir um posto de comando na estrutura governamental brasileira.

---

Gilberto de Assis Barbosa dos Santos - Licenciado, Bacharel e Mestre em Ciências Sociais pela FCL(Faculdade de Ciências e Letras) - UNESP - campus de Araraquara/SP. Professor de Ciências Sociais na FASSP (Faculdade de Saúde SÆo Paulo); no Colégio Futuro/COC - e UP/OBJETIVO Pré-Vestibulares em Penápolis-SP.

---