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No período de 2005 a 2007, a Daspu, grife criada por prostitutas cariocas, obteve ampla divulga‡Æo na mídia. A grife surgiu como projeto de sustentabilidade da ONG Davida - prostitui‡Æo, direitos civis, saúde. O fato de ser uma grife de roupas feita por prostitutas nÆo teria a divulga‡Æo e visibilidade conseguida se nÆo fosse o nome criativo e sugestivo com o qual o grupo de ativistas da ONG Davida batizou a grife. Um contraponto com a mais famosa loja de luxo de SÆo Paulo, a Daslu. A partir da análise sobre a divulga‡Æo pela mídia impressa da grife Daspu, refletimos sobre os mecanismos de espetaculariza‡Æo presentes nos textos midiáticos e sobre as possibilidades de a‡äes de resistência e de cidadania do grupo das prostitutas. De forma espetacularizada, os conteúdos publicados sobre a grife e as prostitutas da Davida/Daspu demonstram como as estratégias discursivas produzem e transmitem no‡äes de verdade e de realidade por meio de diferentes procedimentos. Analisamos como este mecanismo funciona em nossa sociedade atual, a partir das teses de Michel Foucault sobre o poder disciplinar, a biopolítica e a sexualidade, para elucidar a possibilidade de resistência das prostitutas.

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Mestre em Comunica‡Æo e Práticas de Consumo pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). Graduada em Jornalismo pela Faculdade de Comunica‡Æo Social Cásper Líbero e pós-graduada em Marketing pela ESPM. Vivência em empresas e associa‡äes de classe na gestÆo de departamentos de Comunica‡Æo e Marketing. Consultora e professora universitária.

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