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A queima de resíduos tóxicos em fornos de cimenteiras mostrou-se um recurso interessante para a imagem das indústrias poluidoras, econômicamente positivo para o parque cimenteiro, mas de grande risco para as popula‡äes expostas. O texto mostra a perplexidade de uma dessas popula‡äes, premida entre a realidade de uma regiÆo que tornou-se dependente economicamente da produ‡Æo de cimento, e a percep‡Æo que algo de ruim passou a ocorrer desde a ado‡Æo das novas matrizes energéticas.

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O autor é médico, atuando há 40 anos nas áreas de Medicina Interna e do Trabalho. Mestre em Saúde Pública pela ENSP/Fiocruz, discute os impactos sobre a saúde de popula‡äes expostas ao chamado coprocessamento de resíduos, utilizado desde o início dos anos 1990 pelas indústrias cimenteiras, com base na vivência de médico em uma dessas comunidades.

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