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A configura‡Æo das sociedades africanas mudou consideravelmente após a grande expansÆo marítima européia. O Reino do Congo nÆo foi exce‡Æo, seu território se tornou palco de um intenso processo de trocas entre a cultura local e a cultura ocidental através de Portugal por cerca de cinco séculos. A religiÆo cristÆ foi desde o início uma das principais ferramentas culturais adotadas nesse embate o que consequentemente alterou o quadro religioso no Reino do Congo. Seu processo de implementa‡Æo gerou três diferentes rea‡äes por parte da popula‡Æo congolesa: uma de aceita‡Æo, outra de rejei‡Æo e ainda uma intermediária de adapta‡Æo constituída por elementos de ambas as culturas. Essa terceira rea‡Æo corresponde ao sistema religioso Kingunza, o qual defende: a) o diálogo com a cultura ocidental; b) salvaguarda das heran‡as africanas e c) liberdade espiritual, política e econômica de µfrica. O ngunzismo hoje se manifesta em ramifica‡äes diferentes, sendo uma delas a Kingunza/dmna. Nossa pesquisa incidirá na presen‡a dessa vertente no intenso campo de disputas ideológico-religiosas da sociedade angolana contemporânea.

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Adriano Kilala nasceu em Luanda (Angola). É graduado em Educa‡Æo Artística, Mestre em História Social e doutorando em Ciências Sociais na Universidade Federal do MaranhÆo (Brasil). Atualmente é professor substituto no Curso de Artes Visuais da mesma Universidade. Desenvolve pesquisas relacionados com arte africana e messianismo africano.

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