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Nas décadas de 1970 e 1980 eclodiram experiências comunicacionais populares, em todo Brasil, com vasta produ‡Æo de materiais, especialmente arquivados pelos centros de documenta‡Æo. Em sua maioria, criados e financiados por setores progressistas da Igreja Católica e Protestante. Entre eles, o Centro de Pastoral Vergueiro (CPV) e o Centro de Comunica‡Æo e Educa‡Æo Popular de SÆo Miguel Paulista (CEMI). No entanto, tais acervos estÆo em iminente risco por falta de investimento e vontade política. O que seria um prejuízo histórico e científico para movimentos sociais atuais e à pesquisa acadêmica. A falta de uma política pública que garanta a preserva‡Æo dos documentos é sinal de que no Brasil predomina uma cultura que nÆo privilegia a memória, sobretudo das camadas empobrecidas da popula‡Æo. Além do que, a memória pode ser subversiva. Afinal tais documentos expressam a for‡a da participa‡Æo popular no processo de transforma‡Æo social e podem despertar novas a‡äes, o que nÆo interessa aos grupos que estÆo no poder.

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Jornalista, Mestra em Comunica‡Æo Social pela Universidade Metodista de SÆo Paulo, nasceu em SÆo Bernardo do Campo (SP), filha de Roque Dias Valim e Maria Frabetti Valim. Trajetória profissional pautada na comunica‡Æo popular e sindical.

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