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Diante dos entraves étnico-raciais que observo e vivencio cotidianamente dentro dos muros escolares, decidi-me por centrar esfor‡os na constru‡Æo de um conhecimento educacional que contribua para o desenvolvimento e para a inser‡Æo de práticas pedagógicas que explorem a diversidade cultural e racial dos discentes. Optei por trabalhar com a literatura afrobrasileira, nÆo por modismo ou obrigatoriedade, mas por acreditar que o viés literário, respaldado pela Lei n
10.639/03, destaca a importância da cultura negra na forma‡Æo da sociedade brasileira. Além disso, colabora e intervém para uma constru‡Æo afirmativa da identidade étnico-racial dos adolescentes afrodescendentes dentro do espa‡o escolar. Para tanto, busquei na literatura afrobrasileira protagonistas negros que nÆo fossem retratados e nem vistos como inferiores aos brancos; nem sujos, nem feios e muito menos animalizados. Mas, que fossem vistos como seres humanos que nÆo necessitam de nenhum adjetivo para designar sua humanidade e seu biotipo no tocante à cor de sua pele, de seus cabelos, do formato de seu rosto, dentre outras características.

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Mestre em Letras pelo Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade SÆo Paulo (USP), 2015. Prof¦. de Língua Portuguesa e Literatura, há vinte e quatro anos, na SEESP. Especialista em Deficiência Visual e Intelectual, atuando na Sala de Rec. Multifuncionais, na SMESP, desde 2006.

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