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O tema deste livro é o gesto do intérprete reconhecido como poético e sua operacionalidade na constru‡Æo cênica. O gestual, componente da corporeidade na linguagem teatral, participa decisivamente do complexo prático-teórico na forma‡Æo e cria‡Æo em artes cênicas. Porém, o uso comum desse termo, nÆo raro, atribui significados voláteis e imprecisos a fatos a ele relacionados. Experiências na área onde o gesto se torna operador definiram aqui o prisma de suas articula‡äes e, a partir delas, consultas a publica‡äes consagradas e recentes. Entre a indiferen‡a e nega‡Æo da sua importância e a reitera‡Æo de no‡äes e métodos cristalizados que nÆo avan‡am na questÆo, sugere-se arejá-la com contribui‡äes de outras áreas, nÆo mediadas por juízos estéticos e metodológicos específicos, sobretudo no trânsito entre a intera‡Æo cotidiana e sua conforma‡Æo cênica em diálogo com o princípio do Gestus brechtiano. Uma abordagem transdisciplinar que revitaliza o debate, invade a prática e estimula expedientes afinados à no‡Æo de afetamento, o que convoca a forma‡Æo para a sensorialidade ao entender a gestualidade corporal, no evento artístico, menos como objeto e mais como sujeito em sua totalidade.

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O elo iniciador com a capoeira despertou-me para o hibridismo. Graduado em ciências sociais e música, com especializa‡Æo em Rítmica como escola de movimento e princípio formativo, dirigi minhas pesquisas e experiências no mestrado e doutorado em artes cênicas a temas relativos à corporeidade: movimento, voz, musicalidade e gesto no plano artístico.

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