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Desde 1998 o Enem tem se consolidado como um dos principais instrumentos nÆo só de avalia‡Æo da educa‡Æo básica, como também de candidatos que buscam ingressar na universidade. Uma dessas avalia‡äes diz respeito ao nível de proficiência em leitura e escrita, habilidades que o Enem avalia quando solicita a escrita de uma reda‡Æo. Um dos critérios contemplados na matriz de avalia‡Æo do exame refere-se ao investimento autoral do candidato. Logo, a capacidade do estudante de exercer uma autoria na reda‡Æo, posicionando-se frente ao tema proposto é avaliada. Afinal, o texto instancia o lugar de dizer do candidato e reflete suas convic‡äes a respeito do mundo e da cultura, num espa‡o enunciativo no qual, ainda que pese o caráter artificial do contexto de produ‡Æo, ele se pretende autor. Para alicer‡ar este trabalho, buscam-se os conceitos de autoria elucidados por Michel Foucault, Roland Barthes, Mikhail Bakhtin e por outros autores como o brasileiro Sirio Possenti e sua no‡Æo de indícios de autoria. Tais no‡äes contribuíram para a constru‡Æo de uma matriz de avalia‡Æo específica cujos critérios servem para investigar marcas autorais e identitárias deixadas no texto pelo candidato.

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Mestre em Letras com ênfase em Linguística Aplicada pela Uniritter Laureate International Universities (2016), Especialista em Estudos Linguísticos do Texto pela UFRGS (2005), Graduada em Letras pela ULBRA (2003). É professora de Língua Portuguesa e Reda‡Æo nas Redes Municipal e Estadual de Ensino de Porto Alegre. Atua como Revisora de textos.

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