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Longe de ser o consenso e a representa‡Æo da contemporaneidade que seus artífices propagandeavam, a Arquitetura Moderna se consolidou no Brasil através da articula‡Æo de for‡as políticas por um grupo de intelectuais que atuou sob a égide do Estado Novo. Referenciados em arquitetos estrangeiros, souberam tirar proveito das condi‡äes peculiares do período para impor sua visÆo da Arquitetura, em sintonia algo visionária com as aspira‡äes da elite econômica, que em seguida viria a apoiar suas pretensäes ao ponto da Arquitetura Moderna se tornar hegemônica. Este livro apresenta criticamente várias facetas, algumas inéditas, da história da constru‡Æo, no Rio de Janeiro, do edifício-sede do Ministério da Educa‡Æo e Saúde - M.E.S. (hoje Palácio Gustavo Capanema), durante o Governo de Getúlio Vargas. Personagens como Lucio Costa, Carlos Drummond de Andrade e Oscar Niemeyer aparecem nÆo como gênios de uma história carente de crítica, mas como personagens prosaicos em busca de conquistar fama e riqueza, conseguir trabalho para compadres, agradar esposa e amigos, ao mesmo tempo em que buscam dominar o Campo. E o prédio aparece na crueza de sua arquitetura mecanicista, monológica e egocêntrica.

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Fabiano Fazion -Arquiteto (UFSC/1989), com mais de 600 projetos e obras. Trabalhou com moradias de interesse social; pesquisou a Arquitetura Vernacular Brasileira, especialmente as constru‡äes de madeira. Mestre em História (UFPR/2010). Arquiteto e Urbanista da UFPR (2012). Doutorando em GestÆo Urbana (co-tutela PUCPR/UNIFE) até 2018.

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