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A prática médica passa por um momento de crise. Apesar de todo avan‡o tecnológico em saúde, há muita insatisfa‡Æo quando precisa-se de aten‡Æo em qualquer servi‡o de saúde. O objetivo desse texto é descrever e analisar o processo de trabalho ou o modo de inser‡Æo do médico no processo produtivo em saúde. O tema se justifica pelo entendimento de que esse modo de trabalhar possa ser um problema e ao mesmo tempo uma chave que possibilite a implanta‡Æo de modelos de assistência eticamente e politicamente comprometidos com a vida dos usuários dos sistemas públicos de saúde. A descri‡Æo do problema come‡a pela constru‡Æo do arquétipo médico e seus condicionantes históricos e sócio-culturais; toma como exemplo o processo de trabalho dos médicos em unidades básicas de saúde em Belo Horizonte construído através de entrevistas e observa‡Æo participante e aponta algumas possibilidades de interven‡Æo através da introdu‡Æo de novos conceitos e tecnologias capazes de transformar o trabalho desses profissionais de modo a garantir a forma‡Æo de vínculos e de maior gradiente de responsabiliza‡Æo pelo cuidado e pela vida dos usuários que procuram os servi‡os públicos de saúde.

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Médica pela Faculdade de Medicina da UFMG, Residência Médica em Pediatria no Hospital Felicio Rocho, Especialista pela Sociedade Brasileira de Pediatria, Mestre em Saúde Pública pela Faculdade de Medicina da UFMG. Funcionária da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte por 30 anos, ocupando vários cargos e fun‡äes.

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