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Na década de 1990 assistimos a uma tendência na música experimental localizada em diferentes países, a qual pode ser reconhecida como uma ´volta para o silêncio´. Essa tendência é identificada na música do Wandelweiser; no estilo Berlin Reductionism da cena Echtzeitmusik; no Onkyô; no estilo lowercase/quiet microsound; e em outros. A notável rela‡Æo com o silêncio de 4´33" composta em 1952 por John Cage, considerado o criador da música experimental, provoca uma investiga‡Æo sobre a possibilidade dessa volta para o silêncio constituir-se ou em uma farsa ou em algo que expande a no‡Æo de silêncio das vanguardas. Utilizando-se de uma ´metodologia especulativa´ baseada na Affect Theory que é inspirada na obra de filósofos tais como Spinoza, Deleuze e Guattari, notamos que o silêncio da recente música experimental está antes mais voltado para se ´fazer´ algo no corpo do ouvinte do que voltado para intencionar possíveis ´significados´ pela escuta. Propomos com esta pesquisa contribuir com uma investiga‡Æo sobre música experimental no campo da Affect Theory e uma investiga‡Æo do Afeto no campo dos Sound Studies.

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Doutor em Música/Sonologia pela Universidade de SÆo Paulo, Mestre em Artes e graduado em Música pela Universidade Federal de Uberlândia. Com uma forma‡Æo diversificada na área da Música, atualmente o autor investiga o tema da escuta para além do imperativo da significa‡Æo do som.

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