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O encarceramento parental é um evento de relevância demográfica em cenários de encarceramento em massa, sendo que a literatura reporta que este fenômeno causa acúmulo de desvantagens na experiência da infância e incremento da desigualdade entre a popula‡Æo infantil. O objetivo do presente trabalho é analisar algumas características sociodemográficas dos pais e mÆes encarcerados na RegiÆo Metropolitana de Belo Horizonte, bem como da situa‡Æo dos seus filhos. Também, apresentam-se detalhes sobre o trabalho de campo e se discute sobre as limita‡äes e as potencialidades dos dados. Sendo que, coletaram-se informa‡äes primárias in loco e face à face de uma amostra da popula‡Æo carcerária da RMBH no ano de 2014 (n = 718). Os resultados apresentados mostram que a popula‡Æo carcerária da RMBH é composta principalmente por pessoas negras, jovens, com filhos e de camadas sociais mais pobres. Evidencia-se entÆo uma popula‡Æo de pais e crian‡as que, experimentam a exclusÆo social e a invisibilidade estatística, através de uma base de dados nova, a qual ainda nÆo foi totalmente explorada, e tem bastantes informa‡äes para futuras pesquisas.

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Mestre em Demografia da UFMG (2015). Antropólogo da Universidad Nacional de Colombia (2010). Atualmente é professor auxiliar no Curso de Forma‡Æo Intercultural de Professores Indígenas FIEI. Tem experiência na área de Antropologia e Demografia Social, atuando principalmente nos seguintes temas: Rela‡äes étnico-raciais e Demografia Penal.

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