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"A pintura que retém a palavra", permite enunciar e delimitar dois territórios em diálogo: o pictórico e o linguístico. A colabora‡Æo antiquíssima entre pintura e escrita, entre imagem e palavra, entre figural e textual foi problematizada e actualizada por via da prática pictórica de Ema M e da análise crítica, teórica e conceptual dessa prática onde a autora e investigadora se assume como um desdobramento da artísta. Este desdobramento é fundamental para o distanciamento imprescindível que toda a investiga‡Æo exige. Os dezassete capítulos sÆo escritos depois da produ‡Æo pictórica e a ela dedicados. Remissivos entre si, a sua análise apoia-se em conceitos específicos, ora da literatura ora da pintura, num câmbio constante que permite fazer enfoques e particularizar a rela‡Æo em questionamento sempre num esfor‡o de a distinguir e identificar nas suas variantes. Estruturalmente a imagem pintada é impregnada de uma escrita ora patente como elemento da pintura, ora ausente da composi‡Æo pictórica mas afecto a ela implicitamente.

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