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Este trabalho se constitui na investiga‡Æo dos meandros históricos e epistemológicos que levaram Georges Canguilhem à proposi‡Æo do seu projeto epistemológico no âmbito da historiografia científica. O objetivo nÆo é simplesmente fornecer bases históricas para a exposi‡Æo, mas indicar, através do detalhamento do seu projeto, o estatuto epistemológico do conceito de ideologia científica. Esta dire‡Æo, de certa forma, indica o alcance de suas reflexäes filosóficas no campo da historiografia científica. SÆo abordagens no sentido ontológico de sua caracteriza‡Æo, no âmbito da constitui‡Æo das ciências da vida. Esquematicamente, o alcance deste livro é apontar que: (i) o conceito de ideologia científica está ligado intimamente ao problema epistemológico concernente ao modo permanente da constitui‡Æo dos conhecimentos científicos; (ii) o entrela‡amento entre ideologia e ciência deve impedir a redu‡Æo da história da ciência à insipidez de um quadro sem sombra de relevo, e; (iii) a separa‡Æo ciência e ideologia deve impedir que se considerem em continuidade na história da ciência os elementos que aparentemente se conservaram de uma ideologia.

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Moreira Silva, Fabrina
Mestre e doutoranda em Filosofia pela PUC-SP com bolsa Doutorado Sanduíche pela CAPES na Université Paris 1 Panthéon-Sorbonne (2013-2014). Professora de Filosofia na UNITAU-Universidade de Taubaté. Tem experiência na área de Filosofia das Ciências, com ênfase em Epistemologia Histórica, Teoria da História das Ciências e Sociologia das Ciência.

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