---

A paixÆo pela Psicologia envolvia um dilema: como fazer um trabalho de pesquisa científico voltado para a praticidade social? Bem, por estar a estudar num país (em um continente) e trabalhar em outro essa era uma questÆo bem sensível. Como o apoio institucional foi constante, foi possível realizar o estágio curricular em Angola. Em Angola, a burocracia inicial foi ultrapassada e bem resolvida. Mais uma vez o apoio foi marcante. O acompanhamento psicológico de crian‡as mencionadas em processos de prote‡Æo social e envolvidas em processos-crimes no sistema jurídico neste país foi uma novidade que agradou tanto aos magistrados (assessoria)como às crian‡as e seus familiares. Dentro de todas as questäes que vieram à tona, o abuso sexual pareceu bastante pertinente dado à quantidade de registos, a particularidades sócioculturais e ao enquadramento jurídico. Além deste fato, é importante referir que o trabalho desenvolvido era pioneiro. RazÆo primeira da sua natureza qualitativa. Um trabalho praticamente inicial precisa contruir conceitos, entender os trâmites, respeitar as pessoas e o sistema. Através deste leitura conhece, entÆo, um pouco mais sobre o abuso sexual nesta sociedade.

---

Alves, Marilene
Brasileira de naturalidade, angolana e portuguesa por afinidade. Aos 29 anos reiniciou a vida em Portugal, dedicando-se à Psicologia na Universidade Fernando Pessoa no Porto (licenciatura e mestrado em Psicologia Jurídica). Paralelamente, em 2009, emigrou para Angola onde conjugou a Psicologia e a Educa‡Æo (sua forma‡Æo de base), amores antigos.

---