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O presente estudo centra-se na evolu‡Æo das práticas dos assistentes sociais sobre a desafilia‡Æo social das pessoas sem-abrigo, em Lisboa. Tenta aferir os desafios face à complexifica‡Æo dos percursos de desafilia‡Æo e os constrangimentos político-institucionais à práxis profissional e à cidadania das pessoas desafiliadas. Central é tentativa de descoberta de emergência de inova‡Æo nas estratégias de interven‡Æo. Concluí-se que as muta‡äes do fenómeno da desafilia‡Æo e os desafios de um mundo urbano e globalizado pressionam o contexto político-institucional e profissional do servi‡o social ao desenvolvimento de altera‡äes que respondam às novas realidades da popula‡Æo sem-abrigo em Lisboa. Verifica-se a existência de inova‡Æo quer nas práticas profissionais, quer nos contextos político-institucionais. Os maiores constrangimentos encontram-se mais no contexto político-institucional do que nas estratégias e modos de vida das pessoas sem-abrigo ou no seio profissional. Pode assumir-se que as práticas do assistente social junto da popula‡Æo sem-abrigo em Lisboa, se encontram num eixo de tensÆo entre o conservadorismo e a inova‡Æo.

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Ramalho, Vanda
Vanda Ramalho é assistente social, fundadora da Associa‡Æo Nacional de Futebol de Rua, investigadora e docente. Entre 2003 e 2008 dirigiu o Gabinete de a‡Æo social da Associa‡Æo CAIS, tendo colaborado na inova‡Æo na interven‡Æo com pessoas sem-abrigo e na funda‡Æo da metodologia sociodesportiva de futebol de rua, em Portugal, em 2004.

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