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Ao produzir imagens, a rela‡Æo com os saberes se dá de forma (cri)ativa e crítica, possibilitando outro entendimento do que nos rodeia. Essa perspectiva reifica a necessidade do gesto de experimentar as possibilidades que o cinema pode ter no espa‡o escolar a partir da cria‡Æo e da alteriza‡Æo. Afinal, a imagem habita o espa‡o inicialmente pelo que se sabe que ela é, a partir da representa‡Æo, dos estereótipos, mas que, com um olhar atento, se suspende os julgamentos para dar lugar à perturba‡äes sensíveis. Outrossim, mais do que exercícios de cinema, o que se propäe sÆo formas de pensar, olhar e sentir as coisas, com aten‡Æo e abertura aos imprevistos e as diferen‡as. Entendendo que talvez, o caráter pedagógico do cinema está em "ensinar" a ver, que nÆo se restringe as habilidades do olho, mas o ultrapassa. Assim, constrói o que vivemos, a partir da inven‡Æo e de outra experiência do real, construindo novos territórios, comunidades e rela‡äes, enfim, compartilhando mundos, que permite criar junto, (re)inventar um mundo partilhável, uma outra dinâmica dos sentidos, uma disponibilidade ao encontro, a descoberta, a produ‡Æo de conhecimentos e a inven‡Æo de si.

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Gomes, Daniele
Doutoranda em Educa‡Æo na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), compreende que os processos de ensinoaprendizagem sÆo inerentes as vidas e podem ser potencializados com diálogos com diversos sujeitos e saberes.

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