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Comparar as vivências dos libertos e seus descendentes de Morro do Chapéu com demais sociedades escravistas semelhantes me fez perceber que, assim como em outras localidades, o contexto que envolve a aboli‡Æo gradativa e o imediato pós-aboli‡Æo pode ter sido implicado por poder e negocia‡Æo contínua e permanente na manuten‡Æo do domínio em Morro do Chapéu. A liberta‡Æo dos negros no SertÆo Baiano, assim como em todo o Brasil nÆo foi um acontecimento que se deu apenas com a assinatura da Lei µurea em treze de maio de 1888, lei que tinha como principal objetivo o fim da escravidÆo no Brasil. Pelo contrário, foi um processo lento e gradativo, cumprindo apenas um ato Jurídico ao contrário de juntamente a isso criar políticas públicas de inser‡Æo do liberto na sociedade. Esta pesquisa teve como seu principal objetivo ampliar os conhecimentos sobre as popula‡äes negras nos Sertäes Baianos, mas as investiga‡äes nÆo se encerram por aqui, uma parte do caminho foi trilhado para melhor entender os sentidos da liberdade e dependência pessoal.

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Monteiro Gomes dos Santos, Michele
Graduada em História pela Universidade do Estado da Bahia. Pesquisadora da história do Brasil, escravidÆo, aboli‡Æo e popula‡äes negras.

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